Crônica - Será que ninguém vê?

O CÉU COMO LIMITE

Gente não tem jeito, tenho que compartilhar!
Sábado passado fui ao cinema com uma amiga em um shopping da cidade.Aguardávamos o elevador que nos levaria ao andar do cinema quando chegou um pai - bonitão e arrumadão, com um casal de crianças.
Uma das crianças - o menino, com seus 6 ou 7 anos, batucou tanto o botão do elevador , que por sinal já estava tocado e de luz acesa; batucou tanto, mas tanto, que eu vi a hora que a peça ia cair.
O pai no topo do seu silêncio de trinta e poucos anos sorria.Acho que sorria pois devia estar sonhando.Só podia ser!
Quando o elevador chegou as crianças pularam dentro do elevador sem querer saber se havia adultos que esperavam bem antes deles pelo transporte.
O pai - bonitão e arrumadão continuava sorrindo.Era a própria imagem de uma estátua - impassível !
Pensei com meus botões: Estou velha mesmo, me lembro que na minha época de menina minha mãe não perdia qualquer oportunidade de me beliscar.Ai de mim se fizesse alguma incivilidade.
Falava sempre: não crio filha para mim e sim para o mundo!
Mas isto é coisa de outro tempo!
Será possível que as pessoas querem continuar a passar atestado de incivilidade para o resto do mundo? Hoje tudo tão globalizado...
O que acontece com os pais que permitem às crianças sofrerem na vida for lhes ter faltado a oportunidade de testar limites.
Pelo amor de Deus gente.Não adianta ir a Paris e comprar na Hermes.Nem adianta contar isto para os amigos. A grosseria e a falta de educação denunciam - CIDADÃO DE TERCEIRO OU QUARTO MUNDO...